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O impacto da Reforma do Código Civil na cobrança condominial

  • Foto do escritor: Leonardo Souza
    Leonardo Souza
  • 20 de set.
  • 3 min de leitura

Introdução


A inadimplência condominial é um dos principais desafios enfrentados por síndicos e administradoras em todo o país. As despesas coletivas precisam ser custeadas de forma proporcional pelos condôminos, mas a realidade mostra que o atraso no pagamento das cotas é recorrente e compromete a gestão financeira dos edifícios.


Nesse cenário, o Código Civil de 2002 consolidou as regras aplicáveis à cobrança, mas com o passar dos anos surgiram lacunas e controvérsias. Atualmente, com a tramitação de propostas de reforma no Congresso Nacional, novas discussões ganharam destaque: quais limites devem ser estabelecidos para juros e multas? Qual deve ser o prazo prescricional adequado? Quais responsabilidades cabem ao síndico? Essas e outras questões têm mobilizado juristas e operadores do direito condominial.


O que a reforma do Código Civil propõe para os condomínios


As propostas de alteração do Código Civil buscam modernizar a legislação condominial, ajustando-a à realidade atual. Entre os pontos em debate estão:

  • Juros, multas e encargos: possibilidade de redefinir os limites aplicáveis às cotas em atraso, equilibrando a necessidade de coibir a inadimplência e a vedação de penalidades abusivas.

  • Prazo prescricional: discussão sobre a redução ou ampliação do tempo disponível para ajuizar ações de cobrança, garantindo maior segurança para condomínios e condôminos.

  • Responsabilidades do síndico: reforço de deveres de gestão, transparência e diligência na condução das cobranças, incluindo eventual responsabilização por omissões graves.


Essas mudanças refletem a tentativa de dar mais efetividade ao sistema, oferecendo instrumentos adequados para combater a inadimplência.


Como essas mudanças podem impactar síndicos e condôminos


Para os síndicos, a reforma pode significar maior clareza no exercício de suas funções, mas também um aumento de responsabilidades. A cobrança se tornará mais técnica, exigindo atenção redobrada à legalidade dos procedimentos e à comunicação com os condôminos.


Já para os condôminos, a reforma pode trazer consequências distintas: os adimplentes tendem a ser beneficiados pela melhoria da arrecadação e estabilidade financeira do condomínio, enquanto os inadimplentes poderão enfrentar medidas mais ágeis e rigorosas de cobrança, reduzindo a margem para protelar o pagamento.


A visão da jurisprudência e da doutrina


Mesmo antes da reforma, os tribunais brasileiros já têm proferido decisões importantes sobre cobranças condominiais. Alguns precedentes consolidam o direito do condomínio de aplicar multa e juros dentro dos limites legais, enquanto outros reconhecem abusos e reduzem encargos excessivos.


A doutrina especializada, por sua vez, tem defendido maior equilíbrio entre a proteção da coletividade condominial e os direitos individuais dos proprietários. Esse debate deve servir de base para a aplicação prática das futuras alterações legislativas.


Perspectivas para a gestão condominial


Independentemente da reforma, síndicos e administradores precisam investir em políticas preventivas de cobrança, como parcelamentos, acordos extrajudiciais e estímulo à participação em assembleias. A transparência na prestação de contas também é fundamental para reduzir conflitos e aumentar a confiança dos condôminos.


Com a aprovação das mudanças no Código Civil, espera-se que os condomínios contem com mais ferramentas jurídicas para lidar com a inadimplência, mas a gestão eficiente continuará sendo indispensável.


Conclusão


A possível reforma do Código Civil sinaliza avanços importantes para a disciplina da cobrança condominial. As alterações propostas buscam fortalecer a segurança jurídica, garantir maior efetividade à gestão e, sobretudo, reduzir os altos índices de inadimplência que comprometem a vida em condomínio.


Para síndicos, administradores e condôminos, o acompanhamento dessas mudanças não é apenas uma questão de atualização normativa, mas uma necessidade prática para assegurar o equilíbrio financeiro e a harmonia da coletividade condominial.


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