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Superendividamento: quando as dívidas deixam de caber na sua vida — e o que você pode fazer juridicamente

  • Foto do escritor: Leonardo Souza
    Leonardo Souza
  • 8 de nov.
  • 3 min de leitura

Nos últimos anos, um número enorme de brasileiros passou a viver uma sensação silenciosa:


“Eu trabalho, recebo meu salário… e mesmo assim não dá. Eu pago uma dívida, estoura outra.”

E isso não tem nada a ver com “falta de responsabilidade”. Tem a ver com juros muito altos, oferta agressiva de crédito, refinanciamento atrás de refinanciamento, e a sensação de que “não tem saída”.


A lei brasileira reconheceu esse problema.


E existe um caminho jurídico específico para quem se vê nesse cenário: o tratamento legal do superendividamento.


Esse não é um termo acadêmico. É uma proteção real — criada para pessoas reais.



O que é o tratamento do superendividamento?


É um procedimento judicial que permite reorganizar todas as suas dívidas ao mesmo tempo — para que elas caibam dentro do que você realmente pode pagar sem perder sua dignidade.


Isso pode incluir:

  • juntar todas as dívidas num único plano

  • renegociar prazos

  • ajustar parcelas a uma realidade possível

  • colocar limites para abordagem agressiva dos bancos oferecem crédito


É como apertar reset no caos financeiro — mas dentro da lei.



Não é preciso “provar que o banco estava errado” para pedir


Esse é outro mito.


Você não precisa demonstrar que o contrato era inválido.


A lei reconhece que existe uma situação em que o problema não é o contrato isolado — e sim o conjunto das dívidas.


O foco é: como voltar a respirar?



Isso funciona pelo Juizado — é mais rápido


Em muitos casos, esse procedimento corre nos Juizados Especiais — que são mais simples, menos formais, e muitas vezes mais rápidos.


Não precisa perícia técnica complexa.


É documento + plano + audiência.


Muitas vezes, o que o juiz quer ver é: quanto você recebe? Quanto sai de dívidas? Qual o plano possível?



O que o juiz pode fazer?


Se o plano financeiro estiver coerente com a sua realidade, o juiz pode aprovar esse plano — mesmo se o banco não quiser.


Muita gente não sabe disso.


Muita gente acha que renegociação tem que ser sempre “de comum acordo”.


Não precisa ser assim.


A lei de superendividamento criou uma alternativa real.



Assédio comercial pode gerar indenização


Ofertas insistentes de empréstimo para quem já está no limite podem ser consideradas assédio.


Exemplos reais:

  • ligações oferecendo crédito consignado todo dia

  • mensagens empurrando refinanciamento automático

  • ofertas que aparecem no aplicativo mesmo com limite estourado


Isso pode gerar indenização — e mais importante — pode reforçar o direito ao tratamento.



A pergunta que importa é: você está conseguindo viver?


Superendividamento não é sobre “pagar ou não pagar dívidas”. É sobre vida real.


Se as parcelas estão engolindo sua renda — principalmente previdenciária / salarial — existe direito.


Quando o sistema começa a consumir a dignidade da pessoa, a lei acende o alerta vermelho.


E é aí que o advogado entra — não para gerar processo interminável — mas para reorganizar a sua vida financeira com base na lei.



Conclusão

Existem caminhos legais reais para reorganizar dívidas mesmo quando elas já “não cabem mais” no seu orçamento.


Você não precisa aceitar que sua vida financeira se resuma a pagar juros.


Você tem direitos. E existem estratégias para recuperar controle.


Se você está nessa situação — ou se conhece alguém que está — o escritório Souza Lanna Advogados atua com tratamento do superendividamento.


Podemos analisar sua documentação, construir o plano e conduzir o procedimento judicial passo a passo — de forma clara e realista.


 
 
 

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